quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Malu chegou!



Foi uma gravidez diferente da primeira. Na primeira eu soube que estava grávida antes do atraso da menstruação. Um teste de farmacia confirmou minha suspeita com uma segunda linha clarinha mas ali, presente. Dessa vez, apesar de já estarmos de certa forma tentando, eu nem desconfiei... Descobrimos que ela vinha por conta dos enjôos: eu vomitava e vomitava. Teste de farmácia positivo! Um positivaço, linhas escuras e certeiras. Imaginávamos que estava de pouquinho tempo, eu havia menstruado a pouco, e fomos surpreendidos com um bebezinho de 8 semanas  e meia ao invés de um saco gestacional de 5 semanas. Ela já agitava bracinhos e perninhas como quem dizia "oi, estou aqui!!". Que surpreendente alegria!
Senti muito sono, enjoei e vomitei tanto que perdi peso. E a Lilla, nossa filha mais velha, já se mostrava uma incrível irmã, paciente e cuidados, aceitou bem a mamãe conseguir dar tão pouca atençao a ela e mal sair do sofá nos primeiros meses.

Logo soubemos que esperávamos uma menininha, como a irmã e a mamãe tanto sonharam, e demos a ela o nome de Malu. Nome havaiano que significa "paz, abrigo e proteção.
Planejávamos um parto domiciliar com a presença e amor da família toda unida, já tinhamos uma equipe mais que querida e tudo ia muito bem, com a benção de Deus.

E como tudo ia se desenrolando tão diferente da primeira vez, eu pedia a Deus que meus "fantasmas" não voltassem: Lilla havia tido restrição de crescimento uterino, minha bolsa rompeu às 38 semanas tendo ficado dias sem o trabalho de parto começar nós, em conjunto com a equipe, decidimos por uma indução. Ela nasceu linda, na banheira do hospital, mas dessa vez eu queria muito um parto domiciliar e tinha medo que a bolsa rompesse de novo, e eu ficasse dias sem trabalho de parto e precisasse de outra indução. Tinha medo que meu corpo não soubesse dar esse "start", que o parto não engrenasse naturalmente...

Sonhei muito com a Malu durante a gravidez. Uma bebê moreninha e cheia de cabelos pretinhos. Diferente da irmã. Sonhava com ela, sonhava com o parto. Numa noite, conversei com ela como sempre conversava, mas pedi especialmente  a ela que esperasse o dia 15 de janeiro pra nascer, pois nossa médica de backup viajaria no fim do ano e só voltaria em 15 de janeiro. Dormi, sonhei com Malu, que me dizia "fica tranquila, mamãe, vou nascer só no dia 15 de janeiro!". Acordei feliz e tranquila, mas por via das dúvidas agendei uma GO igualmente amável e evidence based pra ser meu "plano C",  meu backup do backup.

Tudo era diferente, os enjôos foram mais fortes, o cansaço foi menor, meu tempo pra preparar um enxoval era bem mais curto, haviamos acabado de nos mudar e a casa ainda faltava muito pra ser posta em ordem. Malu crescia bem (era miúda mas estava dentro de um tamanho adequado). Lá estava eu na esperança de ser diferente também minha bolsa e meu inicio de parto. Orava e pedia a Deus que, se possível, minha bolsa só rompesse durante o TP pra me livrar da ansiedade da bolsa rota, mas que fosse feita a vontade dEle, em misericórdia e em amor.

Lilla estava encantada com a proximidade da chegada da irmã. Ela havia pedido tanto! Registrei algumas declarações de amor dela, chamegando a barriga. Essa foi uma delas, já era 4 de janeiro, e ela estava chamegando a barriga antes de dormir:

"Minha lindinha, minha fofinha. A gente vai ser grudadas pra sempre, com bolinhas de tentáculo de polvo e cola!"

Muito fofinha!



Eu inchei muito no último trimestre, e com isso descobri as delicias de uma perfeita sessão de drenagem linfática com uma amiga fisioterapeuta querida que me ajudou a sentir melhor nesse que foi o verão mais quente dos últimos 30 anos...
Curtimos as últimas semanas do delicioso pré-natal com parteira (que diferente que é! E que delícia!)
A Lilla participava ativamente de cada consulta. Me "examinava" junto da Maíra (nossa Enfermeira Obstétrica ou Parteira). Com 37 semanas fizemos um "bellymapping" pra registrar a posição da Malu:







E na noite do dia 11 de janeiro eu acordei com uma sensação que já me era familiar: a bolsa. rompida.
Ai ai... levantei devagar, fui pro banheiro, me certifiquei do que estava acontecendo. Liquido clarinho, cheiro normal. Eu já conhecia a sensação, já sabia o esquema. Orei, agradeci a Deus com fé de que Ele sempre está no comando. Forrei a cama e voltei a dormir, Lilla estava de férias, então despertamos 7h30, quando mandei uma mensagem para a Maíra:

"Bolsa rompeu alta! Como a da Lilla... Eram 4h40 da manhã. Mas nada de contrações, por isso não te liguei.
Saiu tampão agora de manhã, as 7h, qd acordei de novo.
Não queria que tivesse rompido alta!
Mas Deus sabe, to confiante, dessa vez vai ser diferente!
Qualquer mudança te ligo."

 Estava tudo bem. É claro que o medo começou a bater, mas eu orava e orava pedindo a Deus que meu corpo funcionasse direitinho do jeito que Ele programou para ser. Liguei pra minha doula, que é minha grande amiga, e ela me deu muito colo, ouvido, apoio e ajuda nos dias que se seguiram. É, dias. Seriam alguns dias de bolsa rota, um teste de paciência e fé. 
Um dia se passou... a cada noite eu tinha esperança de entrar em TP na madrugada. Dois dias se passaram, e eu orava... Li a Bíblia e me abracei à esperança e certeza de que estava tudo bem. 

"Mas o SENHOR é o meu baluarte e o meu Deus, o rochedo em que me abrigo."
Sl 94:22

"Porque o SENHOR é bom, e a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade"
Sl 100:5


Eu não estava só preocupada com a demora do TP, mas também com todas as possibilidades associadas à bolsa rota prolongada e às nossas  peculiaridades. Repassei com a Maíra todas as evidências aplicáveis e tomamos as decisões. Porque um parto domiciliar é isso. Li em algum lugar a frase "a decisão por um parto domiciliar é a decisão de tomar todas as decisões". Não poderia ser mais certeiro. E eu gosto dessa responsabilidade. Principalmente porque conhecer todos os detalhes e entendê-los bem me acalma. E ter decisões na minha mão me permite entregá-las a Deus, sem intermediários. Aí sim eu me sinto segura, no amor do meu Pai.

Eu e Rodrigo recebemos a Maira 2 ou 3 vezes por dia. Ela examinava a barriga, media a pressão, auscultava a Malu. Minha doula e amiga querida Paula me fez companhia praticamente ininterrupta. Ela é terapeuta floral também, e preparou maravilhosos florais de pré-parto para mim.

Domingo e segunda haviam passado assim, na espera. Nas madrugadas eu sentia algumas esperançosas contrações doloridas. Na noite de segunda para terça tive contrações levemente doloridas de 30min em 30min, elas me acordavam, eu orava e voltava a dormir. Quando eu levantei pela manhã elas sumiram. 
Eu não havia comentado nada com ninguém pra não gerar ansiedade, ainda assim 2 amigas (coincidentemente fui doula das duas!) me m andaram recadinhos pela manhã pra contar que haviam sonhado com a chega da Malu!

Ganhei na terça a visita de outra amiga doula junto com a Paula. Roberta veio de saquarema e nós 3 tivemos um dia de muito carinho pra "chamar" a Malu. Ganhei chá da Naoli feito pela Paula, um "colo" como os dos grupos de apoio ao parto, e um delicioso escalda pés...

Me despedi delas de noitinha, dizendo para a Paula: "Você volta ainda hj!"

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E era mesmo só o que a Malu estava esperando...
Na noite de terça, dia 14 de janeiro, pouco depois de as meninas saírem daqui, as contrações começaram a engrenar. Rodrigo havia chegado do trabalho, nós demos banho na Lilla e a pusemos para dormir na cama, voltamos para a sala e ficamos papeando, enquanto eu curtia as contrações. Ah, que delicia ver meu corpo começando a funcionar!! Ligamos pra Paula e pedimos que ela viesse, ela disse que tomaria um banho e viria mais tarde. Mandei mensagem pras duas fotógrafas amigas que viriam registrar com foto e filmagem, avisando que provavelmente Malu nasceria naquela noite.

E pra ajudar ainda mais, era noite de virada de lua. Uma linda lua cheia pra nos presentear. Uma amiga que adora fotografar a Lua, numa intuição certeira, fotografou a lua daquela noite para nós:




Eram 21h37 quando eu escrevi para a Maira:

"maira, ta intensificando mto, mtas contraçãoes

vou te mantendo informada

bem doloridas e longas"


A cada contração eu procurava uma posição confortável. Geralmente acocorada, apoiando na mesa ou em uma cadeira. A dor vinha em ondas, e se espalhava pelo quadril.
Fui ao banheiro muitas vezes, meu intestino se encarregou de fazer uma limpeza. As dores eram intensas, mas eu ainda estava bem lúcida. Estava tão feliz! Agradeci tanto a Deus...

Eu e Rodrigo ficamos juntos, conversando animados sobre assuntos mil. Na nossa casa, na nossa sala, no nosso ninho.

As 23h escrevi para a Maira novamente, avisando que havia uma hora as contrações estavam bem ritmadas, durando 1min e com intervalos de 10min. A Paula ainda não havia voltado.

Quando uma contração começava eu precisava levantar e andar, rebolar, acocorar. Mas entre elas eu conseguia ainda sentar e conversar. Fiquei em dúvida se era mesmo inicio do TP ou talvez pródromos... Não adianta ser doula, quando é com a gente mesmo, bate mais dúvida! hehehe! Não adianta tentar analisar. Relaxei e me entreguei, deixei o Rodrigo tomar conta do ritmo das contrações.

A Paula chegou um pouco depois das  23h30, e aí as coisas começaram a caminhar bem rápido. Eu comecei a embarcar para a "Partolândia". Os intervalos entre as contrações foram diminuindo, e elas ficando bem intensas. Já não era tão simples encontrar uma posição confortável. Eu buscava acocorar ou ajoelhar, mas meus joelhos doiam com meu peso. Eu não queria que ninguém tocasse em mim, mas queria o Rodrigo e a Paula ao meu lado. Ficamos pela sala bastante tempo, onde eu tinha mais espaço pra caminhar. A Paula me lembrava de beber água, o Rodrigo ligava pra Maira, pros fotógrafos e enchia a banheira que montamos no quartinho das meninas. Quando eu resolvi subir, já estava bem desconfortável. Não havia posição que me aliviasse. 
Tentei apoiar na mesa, na cadeira. Tentei o chuveiro e detestei. Consegui ficar um pouquinho melhor de 4 em cima da cama, com o tronco apoiado num pufe com uns travesseiros. Só queria que a piscina enchesse logo. Rodrigo ligou o net book e deu play na minha setlist. Mas o netbook resolveu que era ótima hora pra uma piada, e substituiu a playlist não sei como e começou a intercalar outras músicas no meio. Caímos na gargalhada quando a voz da Xuxa invadiu o quarto bradando: "vamos brincar de índio!" hahahahaha!! Bom, a Ina May diz que rir é bom pra relaxar os esfíncteres, né? Então ta valendo.
Rodrigo levou uma coça do programa, mas conseguiu restituir minha playlist, uma seleção de músicas de louvor. Eu orava e agradecia... 
Pra mim o parto é uma experiência muito intensa de louvor a Deus... Minhas emoções ficam muito a flor da pele, gosto da sensação de estar experimentando uma das mais fantásticas experiências de "design Divino". Deus  fez tudo tão perfeito, nos minimos detalhes, perfeitamente calculado. Eu orava e pedia a Ele que abençoasse e permitisse que tudo fosse perfeito, conforme o lindo projeto que Ele desenhou.

A dor do parto, quando é assim, um parto fisiológico, rodeado de amor e respeitado, é uma dor imensamente prazerosa. É uma dor perfeita, ela é uma força interna que a gente não acredita que guarda em si, é uma intensidade corporal única. É mágico sentir o próprio corpo trabalhar perfeitamente, numa complexidade inigualável... Não é à toa que dá vontade de ter muitos filhos mais: é praticamente impossível afirmar que eu aceito não passar por isso nunca mais na vida!

Enquanto eu me entregava e minha doula linda cuidava de mim, Rodrigo tomava conta dos bastidores. Fui saber depois que ele teve muita dificuldade de contactar as fotógrafas porque a lista de telefones que eu havia deixado trazia todos os nomes da equipe, porém eu sem querer havia dado ctrl c + ctrl v e, ao invés dos telefones de cada um, eu havia colado o telefone da doula pra todo mundo! Ato falho? Freud explica! hahaha!
Quando ele afinal encontrou os telefones certos ninguém atendia. No fim das contas a fotógrafa amiga que vinha filmar só viu as ligações e msgs no dia seguinte... e a que vinha fotografar ouviu o telefone aos 45 do º tempo. Graças a  Deus ela mora aqui ao lado e conseguiu chegar, literalmente, 2 minutos antes de a Malu nascer!

A Maíra não vi que horas chegou, acho que por volta de meia-noite... só sei que num dado momento lá estava ela, me olhando com aquele rostinho sereno que nos traz tanta segurança.
Eu conto com as mensagens de celular para me situar para o relato, pois minhas lembranças são bem turvas quanto ao espaço de tempo.

Estava um calor imenso, mas eu não senti vontade de me despir atpe que a banheira estivesse pronta. Rodrigo, muito sabiamente e me conhecendo muito bem, pos a água da banheira beeeeeeem quente, apesar do calor.

Paula falou que estava pronta e eu podia entrar pra ver se a temperatura estava boa. Entrei e reclamei "está muito quente! esfria a água!", submergi e já mudei de opinião: "não esfria não, tá boa assim. Estou com frio! Estou com calor!"
Não  sei como, mas senti tudo ao mesmo tempo. Ahhhhhhhhhh, que alivio a banheira! Um analgésico perfeito. Lembro de pensar que eu poderia ficar ali pra sempre. Minha impressão foi aaté que as contrações pararam um tempo. Tive medo de estagnar, mas estava tãaaaao bom. Fantasiei em meus devaneios de embriaguez de parto que eu poderia dormir, esperar um pouco, e continuar essa coisa toda só amanhã.


Logo veio outra contração e eu desisti do plano "maravilhoso" de esperar até amanhã. Uma das melhores coisas da banheira funda é o alivio do peso corporal. Era muito mais fácil assumir uma posição confortável. Entre uma contração e outra eu reclinava, apoiava minha cabeça na borda. E quando a dor intensa voltava eu acocorava novamente.
Paula botava panos gelados na minha testa,  eu fechava os olhos e sentia que aquela era uma das sensações mais encantadoramente  perfeitas do mundo: o torpor do parto, a água quente, os panos gelados.

Os momentos seguintes duraram horas na minha percepção, mas realmente foram só 5 minutos. A Ana (fotógrafa) chegou, eu ouvi o barulhinho da camera a fotografar entre uma contração e outra.






Deliciosos paninhos gelados! <3


Nas fotos não da pra ver pq a banheira estava encostada nas paredes do lado de lá. Mas do lado de cá estavam a Equipe que tem todo meu amor: Maira e Marcella, Paula e Ana. E meu lindo Rodrigo. Meu time estava ali. Eu ouvia os hinos e agradecia a Deus pelo momento sublime, pelo amor palpável.

Nessa hora doía muito. Eu olhei fundo nos olhos da Maíra e disse: "eu não vou conseguir!! Está doendo muito!!!" e ela me respondeu com um sorriso doce: "você já conseguiu!". Rodrigo disse que nessa hora olhou para a Maíra, e os dois trocaram um sorriso que confirmava o que qualquer "birth lover" já sabe: Malu estava chegando AGORA!



Veio o círculo de fogo, que no primeiro parto eu não senti. Ardia demais demais... Pensei: "putz! Vai rasgar tudo!!" E então eu amparei meu próprio períneo, o senti esticado como um papel, lisinho lisinho, e a cabeça da minha Malu ali, coroando


Foi a hora que eu vocalizei, numa voz gutural. Foi numa contração apenas, um puxo involuntário, amparada pela minha própria mão. Malu deslizou para o mundo de uma vez só:


Eu a peguei, trouxe até meu peito, numa explosão inenarrável de ocitocina, eu só conseguia repetir: "meu amor, você é linda, eu te amo, eu te amo!" Nunca esquecerei a sensação de tê-la escorregadia entre as minhas mãos, minha bebezinha tão pequenina, tão perfeita! Molinha e vigorosa, delicada, plena de vida com a graça de Deus!



Ela veio com duas circulares de cordão. Uma eu consegui sozinha desfazer, a outra estava muito justa, então a Maíra me ajudou.




Eu estava em êxtase! Malu chegou às 03h05 da madrugada de 15 de janeiro de 2014 (assim como ela havia "me dito"!). Recebeu os primeiros cuidados ali no meu colo. Minha filhote, minha bichinha, nascida em berço de amor, rodeada pelos anjos do Senhor! Ninguém a tirou de mim, ninguém que não a amasse a segurou. Ela não conheceu o medo e nem a solidão, não foi afastada, não foi rispidamente tocada. Da barriga pros meus braços, e  ali ela se aninhou na mais perfeita paz, como deveria ser.









"Chama a Lilla!!" Eu pedi ao Rodrigo. E ele foi lá e acordou a mais nova irmã mais velha.





Com a carinha inchada de sono ela veio feliz no colo do pai. Ainda sonolenta e sem saber muito bem o que dizer. Ela ficou alegre, mas pediu para voltar pra cama... Rodrigo a levou, mas não levaria muito tempo pra ela mudar de ideia e voltar


Com ajuda das meninas, levantei da banheira e deitei na cama para aguardar a saída da placenta. Rodrigo conseguiu avisar ao meu pai, que já estava com minha madrasta lá na sala, aguardando a minha liberação pra subir e conhecer a Malu.






Uma bebê vermelhinha que recebeu todo o sangue que era dela por direito. Só cortaríamos o cordão quando a placenta dequitasse.

Malu mamou como uma profissional enquanto esperávamos a placenta sair.






Maira aproveitou para me examinar. Períneo íntegro! Nada de laceração. Decidimos tentar a banqueta para aguardar a saída da placenta. Foi quando a Lilla voltou falante e serelepe,desistiu de voltar a dormir, chegou mais desperta e com a matraca aberta! Hahaha! Pena que não filmamos todo papo e indagações dela a respeito da placenta e do cordão umbilical...







A placenta saiu, Lilla adorou ver. Eu adorei poder tocá-la e ver todos os detalhes, coisa que não foi possível no primeiro parto hospitalar.




Liberamos os avós para subir e conhecer a Malu:








Eu estava plena de alegria! Deus é bom, e nos abençoou com tanto amor! Voltamos para a cama com a placenta numa bacia, enquanto a Maira preparava os apetrechos para cortar o cordão.




Lilla e Rodrigo que cortaram o cordão umbilical, já perfeitamente seco e sem nenhum sangue.



Lilla quis segurar a nova e tão esperada irmãzinha. Presente que ela pedia a Jesus por 2 longos anos. Hoje em dia, 7 meses depois, o veredito dela é: "mamãe, ter irmã é bom.... Posso ter 5 irmãs e 5 irmãos??"
Hahahaha! Ah, filha, se fosse só parir bem podia! Mas vamos lá, mamãe ainda quer mais, papai tá quase embarcando, vamos ver o que Deus nos reservou em Sua perfeita Paz e Misericórdia.











Nada paga isso: fomos para o nosso quarto, nossa cama, onde Maira fez o resto dos exames da Malu. Pesou, mediu... ali, no maior aconchego e carinho, sob os olhos atenciosos da irmã!






Depois eu a vesti, nossa filhotinha de olhos atentos. Lilla continuou ajudando, feliz da vida. Fraldinha feita pela mamãe com amor, lacinho feito pela vovó <3










Resumo da felicidade: esse sorriso!





Nossa equipe querida reunida, num brinde à vida!




Elas foram embora deixando a casa perfeitamente igual a antes de tudo acontecer. Nem vi sombra de banheira, nem da bagunça toda sendo retirada do quarto... Familia e equipe lancharam e conversaram antes de ir embora. Eu, Rodrigo, Malu e Lilla deitamos na nossa cama, família completa. Com a cabeça no travesseiro eu adormeci sorrindo. Uma filha de um lado, a outra aconchegada no meu peito. Seu berço somos eu e seu pai. O sono veio, um sonho bom e real. Estava ali nossa bebê, recebida em amor, benção de Deus. E ela não conhecia nenhum sentimento ruim, nenhum medo, nenhuma solidão. Ela só conhecia o amor. Em amor concebida, em amor recebida. Aninhada ao meu peito... Nem  tenho palavras para agradecer com toda a gratidão que sinto. Obrigada, meu Deus, obrigada!